GOTA, A História Desde As Origens
Até À Actualidade
ANOS 60
No início
da década, um grupo de jovens, composto por João Barros, Luís Cruz, José César,
Américo Gonçalves, Rui Freire e Manuel Joaquim Barros, residentes na Rua Afonso
de Albuquerque, situada na freguesia da Sé, e desde sempre amigos, formam um
grupo que desde cedo manifesta, o seu interesse pelas actividades culturais possíveis
à época, realizando festas, convívios musicais, sessões de pintura, passeios e
apresentação de pequenas peças de teatro. Estas actividades eram desenvolvidas
num armazém pertença de familiares de Rui Freire, ainda existente, e onde hoje se
encontra a funcionar o “Tradicional Bar”.
Este grupo
de amigos passado algum tempo, passou a integrar a “Juventude Antoniana”, grupo
católico agregado à Igreja de Santo António da Sé. Neste agrupamento, ampliaram-se
as actividades culturais pela mão de João Barros, e o teatro passou a ter maior
expressão.
Com a
guerra colonial a decorrer, muitos são chamados a cumprir o serviço militar, e
em Setembro de 1967 cabe a vez a João Barros.
Depois da
ausência forçada de dois anos e meio passados em Moçambique, João Barros,
regressa a Lisboa.
Os amigos
de sempre, tentam levantar a “Juventude Antoniana” do marasmo em que esta tinha
mergulhado. No entanto, todas as tentativas são infrutíferas. O descontentamento
era geral.
Entretanto
juntam-se ao grupo inicial, alguns amigos, tais como Jorge Gonçalves, Jacinto Coelho,
Rui Freire, Américo Gonçalves, José Fernandes e Necas Faria entre outros.
ANOS 70
1971
Em Março, por
iniciativa de João Barros, apoiado por Luís Cruz, Jorge Gonçalves e Manuel
Joaquim Barros, nasce o “Núcleo X”. Ao quarteto inicial do “Núcleo X” juntam-se
entretanto vários outros ex-Antonianos.
A 21 de
Março, é oficialmente apresentado o “Núcleo X” na Casa do Concelho de Arcos de
Valdevez, sediada na Rua Augusto Rosa, nº58 - 1º andar, na lisboeta freguesia
da Sé. Pela mão de João Barros, José António Silva é o primeiro elemento
efectivo aceite no “Núcleo X”. O grupo ficará sediado nestas instalações até final
de Maio de 1972.
Durante
este período realiza vinte e cinco convívios, duas festas de Carnaval, os Santos
Populares, duas excursões, uma festa de Fim-de-Ano, cinco audições musicais, uma
noite de fado, quatro sessões de poesia e seis sessões de cinema e projecção de
diapositivos.
1972
Em Junho, mudam
de instalações, e o “Núcleo X”, instala-se na Caixa Económica Operária, na
freguesia da Graça.
Dá-se
início à actividade teatral no grupo, com os ensaios de “O Inocêncio Em Pessoa”
dos irmãos Campos Monteiro. Encenação e cenografia de João Barros.
Interpretações de Fátima Cruz, Luís Cruz, Nazaré Barros, Júlia Peralta, Amélia
Silva, Manuel Joaquim Barros, João Barros, Duarte Coelho e Albino Menezes.
Muito
próximo da estreia, três dos participantes no projecto, são mobilizados para a
guerra colonial que decorria em África, e o projecto é abandonado.
No dia 25
de Novembro, estreia “Feliz Aniversário” de Harold Pinter, com encenação e
cenografia de João Barros, e interpretações de Júlia Peralta, Nazaré Barros,
Manuel Joaquim Barros, Albino Menezes, Duarte Coelho e João Barros. Apoio
técnico de Jorge Gonçalves, José Fernandes, José António Silva, e João ‘Feio’
Ramos. Apresentação de Luís de Carvalho. No total são feitos quatro
espectáculos, com um total de 760 espectadores a assistirem.
No dia 24
de Dezembro, apresentação dum espectáculo infantil de nome “Queres Mel?”, da
autoria de Joaquim Barros, na Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva.
No dia 31
de Dezembro, o “Núcleo X”, organiza a festa de passagem de Ano na Caixa
Económica Operária.
1973
A 1 de
Janeiro, realiza-se o convívio do “Núcleo X”, com apresentação de bandas de rock
ao vivo.
Entre
Janeiro e Junho, são realizados dez convívios, repartidos pela Caixa Económica
Operária, Ateneu Comercial de Lisboa, Colégio Santa Isabel, e Clube de Tiro aos
Pratos no Monte da Caparica.
Ensaios de
“A Noite de Assassinos” de José Triana.
Em Julho estreia
“Um Gosto De Mel” (“A Taste of Honey”) de Shelagh Delaney, com encenação e
cenografia de João Barros. Elenco composto por Suzana Mendes, António Mendes
(pais da actriz Susana Mendes), Ana Gonçalves, Victor Geraldes e Albino
Menezes. Técnica de Jorge Gonçalves, José António Silva, Joaquim Pascoalinho,
Manuel João Fonseca. No total são levados à cena três espectáculos, aos quais
assistem 280 espectadores. Na estreia, presente como convidado especial o actor,
encenador e locutor Igrejas Caeiro.
No período
de Setembro a Dezembro, dá-se nova mudança de casa, regressando o grupo à Sé, e
sendo acolhido pelo “Lusitano Clube”, a quarta mais antiga instituição da
cidade de Lisboa, sita na Rua São João da Praça, nº 81 - R/C.
Por
imposição da direcção do “Lusitano Clube”, o grupo muda de nome, passado a ter
a designação de “Grupo de Teatro do Lusitano Clube”. Nestes últimos meses do
ano, o grupo realiza dois convívios, duas excursões, e a festa de Fim-de-Ano.
1974
Em Fevereiro,
organiza a festa de Carnaval, e um espectáculo de teatro, apresentado por um
grupo de sócios do “Lusitano Clube” e dirigido por João Barros.
Em Março o grupo
estreia a segunda versão de “Um Gosto De Mel” (“A Tast Of Honey”) de Shelagh
Delaney. Encenação e cenografia de João Barros. Com novas interpretações de, Ana
Paula Meneses, Ana Gonçalves, Albino Menezes e João Barros. Apoio técnico de
José António Silva, Manuel João Fonseca e Duarte Coelho. São apresentados
quatro espectáculos, com a assistência de 246 espectadores.
No 25 de
Abril, devido ao histórico acontecimento, interrompem-se os ensaios de remontagem
de “Feliz Aniversário” de Harold Pinter, que não seria terminada.
A 30 de
Julho estreia “O Homem Que Fazia Chover” de Richard Nash. Encenação e
cenografia de João Barros com os actores Maria Eugénia Silva, Luís ‘Dylan’
Dias, Victor Geraldes, Joaquim Pascoalinho, Albertino Moura, Albino Menezes e
João Barros. Técnica de José António Silva, Luís Inácio, Jorge Gonçalves,
Manuel João Fonseca, José Pascoalinho, Victor Pereira, Aurora Fonseca, Alice
Ivone, Maria Ana Rodrigues, Carlos Jorge Cotrim e Ana Gonçalves. Produção a
cargo de José Alexandre Barros. São efectuados quatro espectáculos, a que
assistem 516 espectadores.
O grupo
passa definitivamente a “GOTA - Grupo Oficina Teatro de Amadores”.
A 20 de
Outubro estreia “Todos Os Anos Pela Primavera” de Luís de Sttau Monteiro. Encenação
e cenografia de João Barros. Interpretações de Luís ‘Dylan’ Dias, Albertino
Moura, Joaquim Pascoalinho, Albino Menezes, João Barros, Duarte Coelho, João
Garfinho, Luiz de Carvalho, José Pascoalinho, Manuela Gonçalves, Ana Gonçalves,
Victor Pereira, Jaime Pereira, Carlos Roxo, João Carlos e Victor Geraldes. Técnica
de José António Silva, Jorge Gonçalves e Luís Inácio
Em 31 de
Dezembro, organiza a festa de Fim-de-Ano no “Lusitano Clube”. Do programa fazem
parte teatro, espectáculo de variedades e baile.
1975
A 11 de Fevereiro,
é levado ao palco a peça “Todos Os Anos Pela Primavera” de Luís de Sttau
Monteiro, na “Sociedade Boa União” em Alfama. Viram a apresentação, 160
espectadores.
A 15 de
Fevereiro, estreia no “Lusitano Clube”, a peça “O Trocado”, uma versão baseada
no original dos irmãos Campos Monteiro, com encenação e cenografia de João
Barros. Interpretações a cargo de Isabel Pinho, Ana Paula Meneses, Amélia Silva,
Nazaré Barros, Luís ‘Dylan’ Dias, Manuel Joaquim Barros, Albino Menezes, João
Clarejo Roxo, João Barros e Duarte Coelho. Técnica de José António Silva, Luís
Inácio, Jorge Gonçalves, Manuel João Fonseca e José Pascoalinho.
Em Março, fazem-se
ensaios da fábula em um acto, “O Sisifo E A Morte” escrita em 1956 por Robert
Merle. Este espectáculo acabou por ser anulado, em consequência da primeira
cisão no seio do grupo “GOTA”.
Em Maio começam
os ensaios da peça “O Proletário Que Não Morreu” de Rui Salvada. Todavia, o espectáculo
viria a ser proibido pela então direcção do “Lusitano Clube”, por considerar
ser uma peça comunista. Por este motivo o “GOTA” abandona o “Lusitano Clube”.
Entre Maio
e Agosto, o “GOTA” retorna à Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, a pedido da
Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio. O “GOTA” continua
com os ensaios da peça “O Proletário Que Não Morreu” e faz a remontagem de “Todos
Os Anos Pela Primavera”. Entretanto, o apoio prometido nunca passou de promessa.
A 7 de
Novembro, o “GOTA” está de volta ao “Lusitano Clube”, que entretanto mudara de
direcção. Estreia de “A Noite De Assassinos” de José Triana, com encenação e
cenografia de João Barros. Interpretações de Albertino Moura, Albino Menezes e
João Barros. Técnica a cargo de José António Silva, Luís Inácio, Anabela
Ferreira, Victor Pereira, Joaquim Pascoalinho, Ana Gonçalves, Carlos Jorge
Cotrim, José Pascoalinho e Luiz de Carvalho. Foram feitos quatro espectáculos,
com 370 espectadores a assistirem aos mesmos.
Em 31 de
Dezembro, o “GOTA” organiza a tradicional festa de Fim-de-Ano no “Lusitano
Clube”.
1976
A 26 de
Janeiro, mais um espectáculo em palco com a peça “A Noite De Assassinos”, apresentação
à qual assistiram 90 espectadores.
Em 17 de
Fevereiro, estreia de “Uma Banheira A Tilintar No Andar De Cima” da autoria do
membro do “GOTA”, Jacinto Coelho. Encenação e cenografia da responsabilidade de
João Barros. Actuações de Albertino Moura, Duarte Coelho, Joaquim Pascoalinho,
João Garfinho, Amélia Silva, Ana Gonçalves, Luiz de Carvalho, João Clarejo Roxo,
Rosa Garfinho, Paula Gens, Victor Pereira, José Pascoalinho e João Fonseca. Técnica
a cargo de José António Silva, Jorge Gonçalves, Luís Inácio e Carlos Jorge
Cotrim. Uma apresentação, à qual acorreram 140 espectadores.
A 24 de
Abril, o “GOTA” estreia a segunda versão de “A Noite De Assassinos” de José Triana,
com encenação e cenografia de João Barros, e a participação dos actores Albino
Menezes, Albertino Moura e João Barros. Técnica de José António Silva, Luís
Inácio, Victor Pereira, Ana Gonçalves, Anabela Ferreira Menezes, Joaquim
Pascoalinho e José Pascoalinho. Desta segunda versão, foram apresentados dois espectáculos
no “Lusitano Clube” com 166 espectadores; dois espectáculos na Comissão de
Moradores de S. Cristóvão e S. Lourenço (antiga Escola nº 10) com 197
espectadores; um espectáculo no Grupo “Os Combatentes”, com 142 espectadores;
um espectáculo no clube “Os Franceses” no Barreiro, com 78 espectadores; um espectáculo
na Academia da Ajuda, com 209 espectadores; um espectáculo na Academia de Santo
Amaro, com 54 espectadores e dois espectáculos na Comissão de Moradores da Sé,
com 73 espectadores a assistirem. No total foram feitas dez apresentações com
um total de 919 espectadores como assistência.
A 30 de Julho,
o “GOTA” estreia no “Lusitano Clube” a peça “Juan Palmieri” de António Larreta,
com encenação e cenografia de João Barros. Actuaram Fátima Cruz, Ana Paula
Menezes, Amélia Silva, Isabel Góis, Célia almeida, Luís ‘Dylan’ Dias, Albertino
Moura, Victor Pereira, João Barros, Carlos Roxo, Jaime Pereira, Luísa Góis e
João Carlos (Ché). Assistência de Joaquim Pascoalinho e José Pascoalinho. Técnica
de José António Silva e slides de Luís Inácio. Foram realizados dois espectáculos
no “Lusitano Clube”, com 170 espectadores, e dois espectáculos na Comissão de
Moradores da Sé com um total de 134 espectadores a assistirem.
Em Agosto e
Setembro, a convite da Comissão de Moradores da Sé, e da Junta de Freguesia da
Sé, João Barros passa a integrar a direcção do pelouro da Cultura.
O “GOTA”
abandona o “Lusitano Clube”, e instala-se num edifício, situado na Rua de S. Mamede,
nº 19 (ao Caldas).
Com a “nova
sede”, iniciam-se ensaios intensivos da peça “A 10ª Turista”, de Mendes de
Carvalho, com encenação e cenografia de João Barros. Já com data marcada de
estreia e com um vasto elenco, acontece a segunda grande cisão no “GOTA”. São
demitidos vários antigos e novos elementos. Entram entretanto novos membros
para o “GOTA” - Grupo de Teatro de Amadores da Sé.
A 16 de
Dezembro, estreia “O Farruncha” e “Vamos Contar Uma História” de Jaime
Gralheiro, espectáculos infantis. Encenação e cenografia a cargo de João Barros,
e a participação dos actores Amélia Silva, Francisco Coelho, Carlos Raposo
(Romana), Mário Fonseca, João José Ramos (Pituxa), João Barros e Carlos Roxo. Apoio
de Arnaldo Silva, Rosário Silva e Maria da Conceição. Técnica de José António
Silva e Fernando Mendes. Foram apresentados dois espectáculos na sala do grupo
a que assistiram 120 espectadores, e um espectáculo durante a Festa de Natal da
Freguesia da Sé, uma colaboração da Comissão de Moradores da Sé e do grupo “GOTA”.
Durante a festa, houve distribuição de brinquedos, e foi oferecido um lanche. Nesta
actividade houve a afluência de 220 participantes.
Em 19 de
Dezembro, é apresentado no “Lusitano Clube” um espectáculo com as peças
infantis “O Farruncha” e “Vamos Contar Uma História” de Jaime Gralheiro, às
quais assistiram 98 espectadores.
A 31 de
Dezembro, o “GOTA” encerra a sua actividade do ano, com a organização nas suas
instalações da festa de Fim-de-Ano.
1977
A 18 de
Fevereiro, estreia nas instalações do “GOTA”, “A Banheira, um conjunto de
acções cénicas, com música ambiente, projecção de diapositivos em dezanove
cenas curtas. As cenas eventualmente chocam, ‘como as galinhas’?. Um drama
policial sócio/económico” de Jacinto Coelho (António Revólver, o Escultor), com
encenação e cenografia de João Barros, e a prestação dos actores Carlos Raposo
(Romana), Mário Fonseca, Francisco Coelho, Amélia Silva, João Barros, João José
Ramos (Pituxa), Nazaré Barros, Manuel Joaquim Barros e Paula Silva. Apoio de Arnaldo
Silva, Rosário Silva e Carlos Roxo. Técnica de José António Silva e Fernando
Mendes.
Durante
este espaço de tempo, alguns ex-elementos do “GOTA” formam um novo grupo de teatro
chamado “Início, Teatro Amador”, que se instala nas instalações da Comissão de
Moradores de S. Cristóvão e S. Lourenço, sediada na antiga Escola nº10, situada
na Costa do Castelo.
Simultaneamente,
João Barros, enquanto director cultural da Comissão de Moradores da Sé, cede um
espaço para ensaios a Carlos Zíngaro, Celso de Carvalho e Paulo Gil, que compunham
o grupo de jazz contemporâneo “Plexus”. Por intermédio dos elementos do grupo
“Plexus”, passam a utilizar o mesmo espaço, Sérgio Godinho, Shilla, Fausto, Zeca
Afonso e Rão Kião entre outros.
A 12 de
Março, é exibido o espectáculo ‘Música D’Hoje’ com Sérgio Godinho, Shilla, e “Plexus
II”, ao qual assistem 200 espectadores.
A 18 de
Março, estreia a peça “A Banheira 77” de Jacinto Coelho (António Revólver o
Escultor o Actor). Encenação e cenografia de João Barros, com a participação de
Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca, Jacinto Coelho, Amélia Silva, Ana
Gonçalves, João Barros e João José Ramos e Paula Silva. Colaboração de Carlos
Roxo, Arnaldo Silva e Rosário Silva. Técnica de José António Silva e Fernando
Mendes. São feitos quatro espectáculos.
Em 17 de
Maio, dá-se a estreia da peça “Uma Canção Dentro Do Pão” de Raimundo Magalhães
Júnior, com encenação e cenografia de João Barros, e a participação de Amélia
Silva, Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca, João Barros, João José Ramos e
Carlos Roxo. Apoios de Rosário Silva, Arnaldo Silva e Paula Silva. Técnica a
cargo de José António Silva e Fernando Mendes. Foram dados sete espectáculos na
sala do “GOTA”, com a assistência de 422 espectadores, e dois espectáculos no
Ateneu Comercial de Lisboa a que assistiram 194 espectadores.
Entretanto,
são editados os primeiros autocolantes do “GOTA”, como “GOTA - Teatro Amador da
Sé”.
Durante
esta época, o “GOTA” é alvo de tentativas constantes de boicotes aos seus
espectáculos, e nas suas instalações. O culminar destes boicotes, é o incêndio
que deflagra numa das dependências, onde se guardavam os cenários e guarda-roupa.
Apesar dos bombeiros e da Policia Judiciária terem apurado ter o incêndio sido
de origem criminosa, o processo foi arquivado, pois embora se tenha apurado a
autoria do incêndio, o “GOTA” não tinha meios financeiros para ir para a frente
com o processo. Com isto, o “GOTA” teve de arcar com todo o prejuízo. Arderam
os cenários das peças, “O Farruncha”, “Uma Canção Dentro Do Pão” e “Banheira
77”, bem como todo o guarda-roupa do grupo.
De Junho a
Outubro, ensaios de uma nova versão de “A Noite de Assassinos” de José Triana, com
o elenco de Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca e João Barros. Este projecto é
entretanto anulado, e começam os ensaios da peça “Computa Com Humor Computa” do
autor brasileiro Millôr Fernandes. Dá-se também início à construção de novas
bancadas, da montagem duma cabine de luz e som, e efectuam-se arranjos do
palco.
A 25 de Novembro,
é realizado um ensaio público com duas peças, adaptadas da obra “Computa,
Computador, Computa” do brasileiro Millôr Fernandes. A primeira chamada “Computa
Com Humor Computa”, uma adaptação, encenação e cenografia da responsabilidade
de João Barros, e a outra chamada “Humor Próprio” adaptação a cargo de Hélder
Freire. Com a actuação de Elsa Carvalho, Francisco Coelho, Mário Fonseca, João
Barros, Carlos Raposo (Romana), Arnaldo Silva, Rosário Silva e Amélia Silva. Técnica
de José António Silva e Fernando Mendes. Foi realizado um só espectáculo/ensaio
público, ao qual assistiram 68 espectadores. Este projecto acabou por ser
abandonado por falta de verbas para a sua montagem.
A 17 de
Dezembro, estreia de “Queres Mel?” de Kim Barros; “O Homem E O Carneiro” de João
Barros; e as peças infantis “João Aldrabão” e “O Farruncha” de Jaime Gralheiro,
com nova encenação e cenografia de João Barros. Actuaram Arnaldo Silva Nunes,
Francisco Coelho, Mário Fonseca, Elsa Carvalho, Amélia Silva e João Barros. Participações
de José Pascoalinho, Victor Geraldes, Rosário Silve e Paula Silva. Técnica de
José António Silva e Fernando Mendes. Foram dados dois espectáculos na sede do “GOTA”
com 139 espectadores; um espectáculo no Estúdio nº 1 da Valentim de Carvalho em
Paço D’Arcos a que assistiram 300 espectadores; e um espectáculo no restaurante
“O Fateixa” em Carcavelos, durante a Festa de Natal da empresa de material eléctrico
“Centrel”, a que assistiram 365 espectadores.
A 31 de
Dezembro, realiza-se a festa de Fim-de-Ano na sede do “GOTA”, com a
participação de 122 pessoas.
1978
Em Janeiro
efectuam-se os ensaios das peças “A Banheira 78” de Jacinto Coelho, e “Soldados”
uma peça escrita a partir de um artigo do jornalista cubano radicado em Paris,
Carlos Reyes. É ainda efectuado um espectáculo com as peças infantis “João
Aldrabão” e “O Farruncha” ambas da autoria de Jaime Gralheiro, e levadas à cena
na Escola Patrício Prazeres, situada na freguesia de São João. Às duas
representações, assistiram um total de 500 espectadores.
A 12 de
Fevereiro, estreia da peça “A Banheira 78” de Jacinto Coelho (António Revólver),
espectáculo performativo encenado e cenografado por João Barros, com as
participações de Ana Gonçalves, Joaquim Pascoalinho, Lorenzo Stefanni, Manuel
João Fonseca, João Barros, Mário Fonseca, Victor Geraldes, José Pascoalinho,
Joaquim Pascoalinho, Francisco Coelho e José António Silva. Desta peça, foram
apresentados três espectáculos, com um total de 196 espectadores.
A 7 de
Março, estreia da peça “Soldados” numa tradução, teatralização e encenação de
José Manuel Osório, com cenografia de João Barros. Vozes-off de José Manuel
Osório e Mário Fonseca. Participação dos actores Francisco Coelho, Victor
Geraldes, José Pascoalinho e João Barros. Técnica de José António Silva.
“Soldados” teve as seguintes apresentações: seis espectáculos na sala do “GOTA
com um total de 395 espectadores; um espectáculo na “Academia de Santo Amaro”,
no âmbito da abertura oficial do “Festival Internacional da Juventude”, onde
foi visto por 600 espectadores; um espectáculo no “Grupo dos Nove” de S. Vicente,
primeiro espectáculo em “arena” com uma assistência de 140 espectadores; e um espectáculo
na “Sociedade Boa União” de Alfama, em que o actor Victor Geraldes por motivo
de doença, foi substituído pelo encenador José Manuel Osório, e que acabou por
ser visto por 200 espectadores. Os espectáculos efectuados na “Sociedade Boa
União” e no “Grupo dos Nove”, foram efectuados com a colaboração das Juntas de
Freguesia da Sé e de S. Vicente, bem como da Câmara Municipal de Lisboa.
O “GOTA” integra
uma pequena digressão com o fadista Carlos do Carmo pela periferia de Lisboa,
fazendo a primeira parte dos seus concertos. Nesta situação, são apresentados
três espectáculos. Um primeiro na “Academia Artística de Torres Vedras” com 1.340
espectadores; um segundo no Cine-Teatro de Sobral de Monte Agraço com 570
espectadores; e um terceiro e último espectáculo no “Clube Militar Naval” de Lisboa,
integrado nas comemorações do 25 de Abril, e que teve uma assistência de 800
espectadores.
Na sede do “GOTA”,
é levado a efeito um espectáculo pelo “Início – Grupo Teatro Amador” com as
peças “Poesia De Amor E Combate” e “A Gota De Mel”, a que assistiram 70
espectadores. Este espectáculo, teve a colaboração das Juntas de Freguesia da
Sé e de S. Vicente, bem como da Câmara Municipal de Lisboa.
Em Maio,
são feitos os ensaios de “Um Gosto De Mel” de Shelagh Delaney, segundo versão e
encenação de João Barros.
O “GOTA” colabora
com a Junta de Freguesia da Sé no “1º Encontro de Coros da Zona de Lisboa”, e
efectua-se a manutenção luminotécnica dos Recitais na Sé Catedral.
A 29 de
Maio, é promovido na sede do “GOTA” o convívio comemorativo do “Núcleo X” (antecessor
do “GOTA”), tendo-se usado para o efeito a Sala das Colunas, convívio que teve
a participação de 146 pessoas.
Entretanto,
neste espaço de tempo, entram para o “GOTA” vários novos elementos, provenientes
do auto-denominado “Grupo de Campismo”, cujos objectivos eram bem mais vastos
que a prática teatral.
Entre Junho
e Julho, o projecto “Um Gosto De Mel” é abandonado por motivo de doença do seu
encenador.
O “GOTA”, a
pedido da Junta de Freguesia da Sé, e no sentido de festejar o “Dia Mundial da
Criança”, desenvolve um projecto de teatro e desporto para encher as ruas da
Freguesia. Este projecto que seria financiado pela Junta, acaba por não se
concretizar, em virtude do subsídio necessário não ter chegado a tempo.
São
realizadas obras de melhoramento de todo o espaço do “GOTA”.
Ensaios da
peça “A Noite De Assassinos” de José Triana, que marca o regresso ao “GOTA” dos
três elementos que fizeram parte do elenco inicial. Albertino Moura, Albino
Menezes e Anabela Ferreira Menezes, elementos que entretanto estiveram na
origem da fundação do “Início – Teatro Amador”.
A 30 de
Agosto, o “GOTA”, leva a efeito uma “Grande Noite do Fado de Intervenção”
organizada por José Manuel Osório, que decorreu na sede do grupo, que para o
efeito usou a Sala das Colunas, espectáculo que contou com a presença de 200
espectadores.
A 1 de
Setembro dá-se a estreia da peça “A Noite De Assassinos” na sua 3ª versão, numa
adaptação livre com encenação de João Barros, e que contou com as
interpretações dos actores Albino Menezes, Albertino Moura e João Barros. Técnica
a cargo de José António Silva, Anabela Ferreira Menezes e Duarte Coelho. Apoio
de Amélia Silva. Foram realizados seis espectáculos, que tiveram 230
espectadores no total.
Nos meses
de Setembro, Outubro e Dezembro, são feitos os ensaios da peça “A Cidade Dourada”,
baseada no texto colectivo “La Ciudad Dorada” da autoria dum grupo de pessoas
reunidas por Santiago García Pinzon no “Teatro La Candelaria” da Colômbia. A
peça teve encenação da responsabilidade de José Manuel Osório.
Ensaios de
“A Farsa de Mestre Pathelin”, obra de autor desconhecido do século XV, que foi
encenado por José Manuel Osório, e com a participação de todo o elenco do
“GOTA”, incluindo os novos elementos, oriundos do “ex-Grupo de Campismo”.
Período vermelho
Ambiente
bastante conturbado na vida do “GOTA”.
A maioria
dos elementos do “ex-Grupo de Campismo”, tentam apoderar-se das estruturas do “GOTA”.
As reuniões e assembleias sucedem-se. Uma grande maioria dos antigos elementos,
demitem-se ou são demitidos, por não partilharem dos ideais dos novos “dirigentes”.
A actividade do “GOTA” pára.
São
realizadas eleições para nova direcção. Concorrem duas listas. Uma encabeçada
pelo fundador João Barros, outra por elementos do “ex-Grupo de Campismo”. Devido
a muitas falcatruas, com sócios arranjados à pressa, dá-se um empate, e é
realizada uma segunda volta. Nesta segunda volta, vence a lista dos antigos
elementos, encabeçada por João Barros, o mentor original do grupo.
Os
elementos do “ex-Grupo de Campismo”, abandonam o “GOTA” por não aceitarem a
derrota. O “assalto” ao “GOTA” termina, com a reposição da normalidade.
1979
O ano
inicia-se dentro dum restabelecido ambiente de calma.
Ensaios de
“Escurial” de Michel de Ghelderode, com encenação de José Manuel Osório. Este
projecto, acabará por ser abandonado por motivo de falta de verbas.
De Abril a
Setembro, o “GOTA” não regista qualquer actividade.
Em Outubro,
realiza-se uma reunião na Junta de Freguesia da Sé, com os dois principais
responsáveis do “GOTA” João Barros e José António Silva, a pedido do então
presidente da Junta, no sentido do “GOTA” voltar à actividade.
No mês de
Novembro, com o “GOTA” reorganizado, dá-se início aos ensaios de “A Farsa de
Mestre Pathelin” de autor anónimo do século XV, com encenação de João Barros.
Dá-se o regresso dos antigos elementos, que haviam saído aquando da tentativa
de tomada de controlo do “GOTA”, por parte dos elementos do “ex-Grupo de
Campismo”.
A 31 de
Dezembro realiza-se a festa de Fim-de-Ano do “GOTA”, que contou com a presença
de 140 participantes.
ANOS 80
1980
A 12 de
Janeiro, estreia a peça “A Farsa de Mestre Pathelin” de autor anónimo do século
XV, com encenação e cenografia de João Barros. Participam os actores Nazaré
Barros, Manuel Joaquim Barros, Anabela Vicente, João José Ramos e João Barros. Técnica
a cargo de José António Silva e de Francisco Coelho. São dados sete espectáculos
na sala do “GOTA”, e assistem às representações 384 espectadores. A Junta de
Freguesia da Sé contribui com um “subsídio” de 2.500$00 (dois mil e quinhentos
escudos), o equivalente em 2012 a 12,50€ doze euros e cinquenta cêntimos).
É neste ano
que se dá a primeira participação do “GOTA” num festival.
Com
organização da CGTP-IN, FPCCR, APTA e STE é realizado de 1 de Fevereiro a 30 de
Abril de 1980 o II Festival Sindical de Teatro de Amadores. Neste âmbito e com
a peça a apresentar no festival, é apresentado um espectáculo que tem lugar no
“Clube Recreativo de Porto Salvo”, e ao qual assistem 100 espectadores. No
cômputo desta participação, o “GOTA” recebe da organização, uma Menção Honrosa.
Em Março,
começam os ensaios da peça “O Pescador À Linha” da autoria de Jaime Salazar
Sampaio, mas devido a um brutal acidente de que é vítima a intérprete
principal, o projecto é cancelado.
De Abril a
Junho, são apresentados cinco espectáculos na sala do “GOTA” com a peça “A Noite
De Assassinos”, uma versão livre. Lena Faria é a operadora de som nestes
espectáculos.
Dá-se a participação
no II Festival Sindical de Teatro de Amadores, onde o “GOTA” arrecada uma
Menção Honrosa.
Depois do
Festival, o “GOTA”, entra em digressão, fazendo cinco espectáculos na Escola Veiga
Beirão com uma plateia composta por 392 espectadores; mais dois espectáculos na
Escola Superior de Belas Artes, com uma assistência de 170 espectadores.
Em Setembro
realiza-se uma reunião com os novos elementos do “GOTA”. Desta reunião surgem
aqueles que viriam a dar um novo incremento ao grupo.
Em Outubro,
dá-se início aos ensaios da peça “A Confissão” de Bernardo Santareno.
Em Dezembro
começam os ensaios da peça “Restos” de Bernardo Santareno, uma co-produção com
o “Início – Grupo Teatro Amador”.
A 31 de
Dezembro, o “GOTA” realiza a já tradicional festa de Fim-de-Ano, com a presença
de 145 participantes.
1981
No dia 9 de
Janeiro, dá-se a estreia da peça “A Confissão” de Bernardo Santareno. Encenação
e cenografia de João Barros. Técnica de José António Silva, alternando em
alguns espectáculos com Fernando José Eufémia. No som, primeiro José Henriques,
depois Abílio Mourão, Luís Correia e Victor João Carneiro. No apoio de cena,
Helena Afonso, João Manuel Carneiro, Filomena Maria e Fernanda Ramos. Actuação
dos actores Irene Neto, Henrique Sanguinetti, João Barros e Luiz Gonzalez que
fez a personagem ‘Sacristão’.
O
‘Sacristão’ foi sendo protagonizado alternadamente por José Henriques, Carlos Sebastião,
Lino Patrício, Fernanda Ramos, Victor Pereira e Filomena Maria. No total, foram
apresentados dezoito espectáculos seguidos na sala do “GOTA”, a que assistiram
um total de 980 espectadores. Foi ainda apresentado um espectáculo para o Júri
do Festival de Teatro Amadores de Lisboa 1981, uma organização da Câmara
Municipal de Lisboa, e ao qual assistiram 60 espectadores.
Com a peça
“A Confissão” o “GOTA” apresentou-se nos seguintes locais: cinco espectáculos
na Escola Veiga Beirão, com um total de 700 espectadores; um espectáculo na “Fábrica
de Material de Guerra de Braço de Prata” em que houve ainda um colóquio sobre
Bernardo Santareno, com o actor Rogério Paulo, com uma assistência de 120
espectadores; um espectáculo na “Sociedade Filarmónica Alunos da Esperança” em
Alcântara, com a presença de 65 espectadores; dois espectáculos na Escola
António Arroios, com 244 espectadores na plateia; um espectáculo no Teatro Municipal
de São Luiz, na final do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa, organizado
da Câmara Municipal de Lisboa, onde o “GOTA” obteve o 3º Prémio, e o Prémio
para melhor interpretação masculina atribuído a João Barros, perante 400
espectadores; um espectáculo na Liga de Cegos João de Deus com a plateia
composta por 140 espectadores; um espectáculo na “Sociedade Desportiva dos
Olivais Sul”, com 130 espectadores; um espectáculo na “Sociedade Dramática de
Carnide” (conhecido por Grupo de Teatro de Carnide) nas Primeiras Jornadas Culturais
de Carnide, que teve a assistência de 150 espectadores; um espectáculo no novo
Cine-Teatro da Covilhã, integrado nos “Encontros Culturais de Outono”,
organizado pelo “Grupo Cultural da Covilhã”, com 140 espectadores; um
espectáculo no Pavilhão Multiusos da Siderurgia Nacional, no Seixal, uma
apresentação no âmbito de beneficência, com a plateia de 1.500 espectadores; um
espectáculo na sede do “Grupo Os Patacos” em Viana do Castelo na sequência da
fase final do “Festival Nacional de Teatro de Amadores”, organização da
Associação Portuguesa de Teatro de Amadores (“APTA”), em que o “GOTA” é o
representante pela cidade de Lisboa, e onde obtêm o 1º lugar; um espectáculo na
sede do “GOTA” para o III Festival Sindical de Teatro de Amadores, organizado
pela CGTP, onde recebe uma Menção Honrosa,
e que contou com 65 espectadores; um espectáculo no “Grupo Os Penicheiros” no
Barreiro, com uma plateia de 300 espectadores; dois espectáculos no “Grupo O
Chinquilho” da Baixa da Banheira, com 536 espectadores a assistir; um espectáculo
no “Centro Cultural dos Empregados do Comércio” no Rossio em Lisboa, com a
assistência de 99 espectadores; um espectáculo na “Sociedade Capricho Bejense”,
na cidade de Beja, com a presença de 500 espectadores; e um espectáculo na “Filarmónica
1º de Dezembro” da Amadora, que teve a assistência de 120 espectadores.
Em
Fevereiro e Março, ensaios da peça “Esquadra Para A Morte” de Alfonso Sastre,
com encenação de José Manuel Osório. Este projecto acabou por ser adiado.
No dia 14
de Junho, estreia “Restos” de Bernardo Santareno. Encenação e cenografia de
João Barros, trabalho iniciado em co-produção com o “Início – Grupo Teatro
Amador”, que entretanto se dissolveu. Técnica de José António Silva, Henrique
Sanguinetti e José Henriques. Apoios de Helena Afonso, Lino Patrício, Irene
Neto e Leonor Barroso. Actuações dos actores Victor Pereira e Fernanda Ramos.
Foram apresentados onze espectáculos na sala do “GOTA”, para um total de 650
espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival de Teatro de Amadores de
Lisboa, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, com 65 espectadores; um espectáculo
para o Júri do III Festival Sindical de Teatro de Amadores (organização da
CGTP), onde obtém uma Menção Honrosa e que contou com 58 espectadores; um espectáculo
para o Júri do Festival Nacional de Teatro de Teatro de Amadores (organização
da APTA) onde consegue um 3º Prémio; um espectáculo no Teatro Municipal, para a
final do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa (organizado pela Câmara
Municipal de Lisboa), onde arrecada um prémio de melhor interpretação feminina,
obtém o 4º Lugar, e que teve um total de 400 espectadores; um espectáculo na
Sociedade Dramática de Carnide (Grupo de Carnide) nas I Jornadas Culturais de
Carnide com 150 espectadores na assistência.
Entre os
meses de Agosto e Outubro, são feitos os ensaios de “Os Emigrantes” de Sławomir
Mrożek.
São também
apresentados na sala do “GOTA” as peças: “A Confissão” de Bernardo Santareno,
em oito representações para uma assistência de 437 espectadores; e a peça
“Restos”, igualmente de Bernardo Santareno, com cinco representações para um
total de 322 espectadores na assistência.
A 31 de Dezembro,
é organizada a tradicional festa de Fim-de-Ano do “GOTA”, com a participação de
153 pessoas.
1982
A 1 de
Abril estreia a peça “Os Emigrantes” de Sławomir Mrożek, uma peça com encenação
e cenografia de João Barros. Técnica de José António Silva, Abílio Mourão, Luís
Correia, depois, Fernando José Eufémia, Paulo Silva, Anabela Oliveira. Como
actores, Henrique Sanguinetti e João Barros. Durante a carreira da peça, a
mesma teve os seguintes assistentes de cena: Irene Neto, Anabela Oliveira José
Henriques, Fernanda Ramos, Victor Pereira, Filomena Maria, Aida Fonseca, Manuel
Oliveira, Ana Rosa, Carlos Bombom, João Carneiro, Victor João Carneiro e Carlos
Sebastião. No total aconteceram onze espectáculos seguidos na sede do “GOTA”,
com um total de 686 espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival de
Teatro de Amadores de Lisboa 82 (organização da Câmara Municipal de Lisboa) com
66 espectadores; cinco espectáculos na Escola Veiga Beirão com 360 espectadores;
um espectáculo no Teatro Municipal de São Luís, a contar para a final do
Festival de Teatro de Amadores de Lisboa 82, onde recebeu o 2º Prémio e o prémio
de melhor interpretação masculina, e ao qual assistiram 400 espectadores; um espectáculo
para o Júri do IV Festival Sindical de Teatro de Amadores (organizado pela
CGTP), com a obtenção duma Menção Honrosa, e que teve uma assistência de 60
espectadores; um espectáculo nas II Jornadas Culturais de Carnide (Sociedade
Dramática de Carnide, vulgo Teatro de Carnide) com 150 espectadores; um espectáculo
no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores de Comércio, no âmbito do 12º
Aniversário da U.S.L. com 200 espectadores; um espectáculo no Centro Cultural
da Musgueira Sul com 600 espectadores; um espectáculo na Sociedade Capricho
Bejense (Beja) com 250 espectadores; um espectáculo na Liga de Cegos João de
Deus com 87 espectadores; um espectáculo na Sociedade Guilherme Cônsul com 140
espectadores; dois espectáculos no Grupo Adicense (Alfama) com 230 espectadores;
um espectáculo no “Lusitano Clube” com 98 espectadores; e um espectáculo no
Grupo Recreativo e Cultural do Alto do Moinho (Seixal) com 300 espectadores.
A 30 de
Setembro, estreia “Soldados” de Carlos Reyes, numa versão, encenação e
cenografia de João Barros. Com Henrique Sanguinetti, Carlos Sebastião, José Pascoalinho,
Albino Menezes e João Barros. Vozes-off de Mário Fonseca, e Henrique Sanguinetti.
Slides de Luís Inácio e Henrique Sanguinetti. Apoio técnico de José António
Silva, Abílio Mourão, José Henriques. Depois Paulo Silva, Anabela Oliveira,
Victor João Carneiro, Luís Correia, e João Carneiro. Participação em vários espectáculos
com introdução de leitura de ‘poemas’ de Fátima Morgado, Leonor Barroso, Aida
Fonseca e Anabela Oliveira. Foram dados nove espectáculos seguidos na sede,
para um total de 532 espectadores; um espectáculo no 12º Aniversário da U.S.L.,
no Auditório dos Empregados de Comércio para 200 espectadores; um espectáculo
na Liga de Cegos João de Deus com 90 espectadores; cinco espectáculos na Escola
Veiga Beirão com 400 espectadores; um espectáculo no Centro Cultural dos
Empregados do Comércio (Rossio) com 110 espectadores; um espectáculo na
Sociedade Capricho Bejense (Beja) com 250 espectadores; um espectáculo no Grupo
de Carnide, durante as III Jornadas Culturais de Carnide, com 150 espectadores;
dois espectáculos na sede, para o Júri do Festival Sindical de Teatro de
Amadores/Festa 84, onde consegue uma Menção Honrosa, com assistência de 140
espectadores; um espectáculo no Centro Cultural de Sacavém com 145 espectadores;
e um espectáculo no GIC da Covilhã, para os III Encontros Culturais de Outono
da Covilhã, que contou com 152 espectadores na plateia.
1983
De Janeiro
a Março, o “GOTA” põe em cena na sua sala, três peças: seis apresentações de “Os
Emigrantes” com 324 espectadores; quatro apresentações de “A Confissão” com 244
espectadores; e cinco apresentações de “Soldados” com 296 espectadores.
Em Abril,
no dia 15, acontece a estreia da peça “Festa De Aniversário” da autoria de Harold
Pinter. Tradução de Abílio Mourão/”GOTA”. Adaptação, encenação e cenografia de
João Barros. Com os actores Fátima Morgado, Luís Correia, Lena Afonso, Henrique
Sanguinetti, Carlos Sebastião e João Barros. Técnica de José António Silva,
Abílio Mourão, Manuel Oliveira, Anabela Oliveira, Maria Filomena, Ana Rosa,
Aida Fonseca, Luiz Gonzalez e José Henriques. A partir de Novembro, Paulo José
substituiria Luís Correia; Fernando José Eufémia substituiria José António Silva;
Paulo Silva substituiria Abílio Mourão; e Victor João Carneiro substituiria
Aida Fonseca. No total foram levados à cena as seguintes apresentações: quinze espectáculos
seguidos na sede para 865 espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival
de Teatro de Amadores de Lisboa 83 com 60 espectadores; um espectáculo para o
Júri do Festival Sindical de Teatro de Amadores/Festa 84 com 64 espectadores,
onde o “GOTA” obteve uma Menção Honrosa e Distinção para texto mais inteligente;
um espectáculo no Teatro Municipal Maria Matos no âmbito da final do Festival
de Teatro de Amadores de Lisboa 83, onde obteve um 2º Prémio, e Menções Honrosas
para melhores interpretações feminina e masculina, com 350 espectadores a
assistirem; um espectáculo na Escola António Arroios com 200 espectadores; e dois
espectáculos na Faculdade de Direito de Lisboa com 190 espectadores.
Durante Agosto
e Setembro, ensaios de “Escurial” de Michel de Ghelderode.
Em Outubro,
há uma remontagem da peça “Soldados” com Fernando José Eufémia na operação de
luz e com a integração de Paulo Silva no elenco.
Em Novembro
e Dezembro, são dados na sede as seguintes peças: cinco espectáculos com “Soldados”
de Carlos Reyes. Com os actores Henrique Sanguinetti, Carlos Sebastião, José Pascoalinho,
João Barros e Paulo Silva. Técnica de Fernando José Eufémia como operador de luz,
e de Abílio Mourão como operador de som. Assistentes de cena, Anabela Oliveira,
Victor João Carneiro, Carlos Baptista e José Henriques. Aos cinco espectáculos
assistiram 237 espectadores; três espectáculos com a “A Confissão” assistidos
por 173 espectadores; três espectáculos dos “Os Emigrantes” com 162
espectadores; e quatro espectáculos com “Festa De Aniversário” a que assistiram
233 espectadores.
A 15 de Dezembro,
último espectáculo com a peça “A Confissão” de Bernardo Santareno, um espectáculo
‘especial’ com a participação de todos os novos elementos do grupo, e que teve
a assistir 74 espectadores.
A 31 de
Dezembro realiza-se mais uma festa de Fim-de-Ano do “GOTA” com a participação
de 200 pessoas.
1984
De Janeiro
a Março, realizam-se os ensaios de duas versões da peça “Escurial” da autoria de
Michel de Ghelderode, e dão-se na sede três espectáculos com a peça “Os Soldados”
a que assistiram 156 espectadores; três espectáculos com a peça “Os Emigrantes”
a que assistiram 140 espectadores; e quatro espectáculos com a peça “Festa De Aniversário”
que contou com 216 espectadores na plateia.
A 25 de Abril,
dá-se a estreia da primeira versão da peça “Escurial” de Michel de Ghelderode,
uma peça com encenação e cenografia de João Barros, com a participação dos
actores José Manuel Osório, João Barros, Henrique Sanguinetti e Paulo Silva. Técnica
a cargo de Fernando José Eufémia como operador de luz, e do regressado José
António Silva como operador de som. Assistência de cena de Aida Fonseca e
Anabela Oliveira. No total desta peça, foram feitos oito espectáculos na sede a
que assistiram 435 espectadores; mais um espectáculo para o Júri do Festival
Sindical de Teatro de Amadores Festa 84, uma organização da CGTP-IN, onde o
“GOTA” obteria uma Menção Honrosa e ao qual assistiram 60 espectadores.
A 1 de
Julho, estreia a segunda versão da peça “Escurial” de Michel de Ghelderod, uma
versão com adaptação, encenação e cenografia de João Barros, pesquisa e textos
de Abílio Mourão, Albino Menezes e João Barros, para a interpretação dos
actores Albino Menezes, Fátima Morgado, José Manuel Osório, Paulo Silva,
Henrique Sanguinetti e João Barros. Técnica de Fernando José Eufémia como
operador de luz, de Francisco Coelho como operador de som, e de José António
Silva como operador de ‘folowspot’. Assistentes de cena, Aida Fonseca, Anabela
Oliveira e José Henriques. Desta segunda versão foram dados os seguintes
espectáculos: oito na sede com 438 espectadores; e um espectáculo no Teatro
Municipal de S. Luiz, durante a Final do Festival de Teatro de Amadores de
Lisboa/84, uma organização da Câmara Municipal de Lisboa, e onde o “GOTA”
recebeu o 3º prémio, o prémio de melhor encenação e o prémio de melhor
cenografia. A este espectáculo assistiram 420 espectadores.
De Setembro
a Dezembro, além de serem postos em palco cinco espectáculos na sede com a peça
“Os Emigrantes”, perante um total de 297 espectadores, efectuam-se ainda arranjos
em todo o espaço do “GOTA”, bem como ensaios com o novo elenco para a peça “Escurial”.
A 31 de
Dezembro realiza-se a festa de Fim-de-Ano no “GOTA”, com a presença de 120
participantes.
(Em actualização)