sábado, 5 de janeiro de 2013



GOTA, A História Desde As Origens
Até À Actualidade
  
  

ANOS 60

No início da década, um grupo de jovens, composto por João Barros, Luís Cruz, José César, Américo Gonçalves, Rui Freire e Manuel Joaquim Barros, residentes na Rua Afonso de Albuquerque, situada na freguesia da Sé, e desde sempre amigos, formam um grupo que desde cedo manifesta, o seu interesse pelas actividades culturais possíveis à época, realizando festas, convívios musicais, sessões de pintura, passeios e apresentação de pequenas peças de teatro. Estas actividades eram desenvolvidas num armazém pertença de familiares de Rui Freire, ainda existente, e onde hoje se encontra a funcionar o “Tradicional Bar”.

Este grupo de amigos passado algum tempo, passou a integrar a “Juventude Antoniana”, grupo católico agregado à Igreja de Santo António da Sé. Neste agrupamento, ampliaram-se as actividades culturais pela mão de João Barros, e o teatro passou a ter maior expressão.

Com a guerra colonial a decorrer, muitos são chamados a cumprir o serviço militar, e em Setembro de 1967 cabe a vez a João Barros.

Depois da ausência forçada de dois anos e meio passados em Moçambique, João Barros, regressa a Lisboa.

Os amigos de sempre, tentam levantar a “Juventude Antoniana” do marasmo em que esta tinha mergulhado. No entanto, todas as tentativas são infrutíferas. O descontentamento era geral.

Entretanto juntam-se ao grupo inicial, alguns amigos, tais como Jorge Gonçalves, Jacinto Coelho, Rui Freire, Américo Gonçalves, José Fernandes e Necas Faria entre outros.


ANOS 70

1971

Em Março, por iniciativa de João Barros, apoiado por Luís Cruz, Jorge Gonçalves e Manuel Joaquim Barros, nasce o “Núcleo X”. Ao quarteto inicial do “Núcleo X” juntam-se entretanto vários outros ex-Antonianos.

A 21 de Março, é oficialmente apresentado o “Núcleo X” na Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, sediada na Rua Augusto Rosa, nº58 - 1º andar, na lisboeta freguesia da Sé. Pela mão de João Barros, José António Silva é o primeiro elemento efectivo aceite no “Núcleo X”. O grupo ficará sediado nestas instalações até final de Maio de 1972.

Durante este período realiza vinte e cinco convívios, duas festas de Carnaval, os Santos Populares, duas excursões, uma festa de Fim-de-Ano, cinco audições musicais, uma noite de fado, quatro sessões de poesia e seis sessões de cinema e projecção de diapositivos.


1972

Em Junho, mudam de instalações, e o “Núcleo X”, instala-se na Caixa Económica Operária, na freguesia da Graça.

Dá-se início à actividade teatral no grupo, com os ensaios de “O Inocêncio Em Pessoa” dos irmãos Campos Monteiro. Encenação e cenografia de João Barros. Interpretações de Fátima Cruz, Luís Cruz, Nazaré Barros, Júlia Peralta, Amélia Silva, Manuel Joaquim Barros, João Barros, Duarte Coelho e Albino Menezes.

Muito próximo da estreia, três dos participantes no projecto, são mobilizados para a guerra colonial que decorria em África, e o projecto é abandonado.

No dia 25 de Novembro, estreia “Feliz Aniversário” de Harold Pinter, com encenação e cenografia de João Barros, e interpretações de Júlia Peralta, Nazaré Barros, Manuel Joaquim Barros, Albino Menezes, Duarte Coelho e João Barros. Apoio técnico de Jorge Gonçalves, José Fernandes, José António Silva, e João ‘Feio’ Ramos. Apresentação de Luís de Carvalho. No total são feitos quatro espectáculos, com um total de 760 espectadores a assistirem.

No dia 24 de Dezembro, apresentação dum espectáculo infantil de nome “Queres Mel?”, da autoria de Joaquim Barros, na Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva.

No dia 31 de Dezembro, o “Núcleo X”, organiza a festa de passagem de Ano na Caixa Económica Operária.


1973

A 1 de Janeiro, realiza-se o convívio do “Núcleo X”, com apresentação de bandas de rock ao vivo.

Entre Janeiro e Junho, são realizados dez convívios, repartidos pela Caixa Económica Operária, Ateneu Comercial de Lisboa, Colégio Santa Isabel, e Clube de Tiro aos Pratos no Monte da Caparica.

Ensaios de “A Noite de Assassinos” de José Triana.

Em Julho estreia “Um Gosto De Mel” (“A Taste of Honey”) de Shelagh Delaney, com encenação e cenografia de João Barros. Elenco composto por Suzana Mendes, António Mendes (pais da actriz Susana Mendes), Ana Gonçalves, Victor Geraldes e Albino Menezes. Técnica de Jorge Gonçalves, José António Silva, Joaquim Pascoalinho, Manuel João Fonseca. No total são levados à cena três espectáculos, aos quais assistem 280 espectadores. Na estreia, presente como convidado especial o actor, encenador e locutor Igrejas Caeiro.

No período de Setembro a Dezembro, dá-se nova mudança de casa, regressando o grupo à Sé, e sendo acolhido pelo “Lusitano Clube”, a quarta mais antiga instituição da cidade de Lisboa, sita na Rua São João da Praça, nº 81 - R/C.

Por imposição da direcção do “Lusitano Clube”, o grupo muda de nome, passado a ter a designação de “Grupo de Teatro do Lusitano Clube”. Nestes últimos meses do ano, o grupo realiza dois convívios, duas excursões, e a festa de Fim-de-Ano.


1974

Em Fevereiro, organiza a festa de Carnaval, e um espectáculo de teatro, apresentado por um grupo de sócios do “Lusitano Clube” e dirigido por João Barros.

Em Março o grupo estreia a segunda versão de “Um Gosto De Mel” (“A Tast Of Honey”) de Shelagh Delaney. Encenação e cenografia de João Barros. Com novas interpretações de, Ana Paula Meneses, Ana Gonçalves, Albino Menezes e João Barros. Apoio técnico de José António Silva, Manuel João Fonseca e Duarte Coelho. São apresentados quatro espectáculos, com a assistência de 246 espectadores.

No 25 de Abril, devido ao histórico acontecimento, interrompem-se os ensaios de remontagem de “Feliz Aniversário” de Harold Pinter, que não seria terminada.

A 30 de Julho estreia “O Homem Que Fazia Chover” de Richard Nash. Encenação e cenografia de João Barros com os actores Maria Eugénia Silva, Luís ‘Dylan’ Dias, Victor Geraldes, Joaquim Pascoalinho, Albertino Moura, Albino Menezes e João Barros. Técnica de José António Silva, Luís Inácio, Jorge Gonçalves, Manuel João Fonseca, José Pascoalinho, Victor Pereira, Aurora Fonseca, Alice Ivone, Maria Ana Rodrigues, Carlos Jorge Cotrim e Ana Gonçalves. Produção a cargo de José Alexandre Barros. São efectuados quatro espectáculos, a que assistem 516 espectadores.

O grupo passa definitivamente a “GOTA - Grupo Oficina Teatro de Amadores”.

A 20 de Outubro estreia “Todos Os Anos Pela Primavera” de Luís de Sttau Monteiro. Encenação e cenografia de João Barros. Interpretações de Luís ‘Dylan’ Dias, Albertino Moura, Joaquim Pascoalinho, Albino Menezes, João Barros, Duarte Coelho, João Garfinho, Luiz de Carvalho, José Pascoalinho, Manuela Gonçalves, Ana Gonçalves, Victor Pereira, Jaime Pereira, Carlos Roxo, João Carlos e Victor Geraldes. Técnica de José António Silva, Jorge Gonçalves e Luís Inácio

Em 31 de Dezembro, organiza a festa de Fim-de-Ano no “Lusitano Clube”. Do programa fazem parte teatro, espectáculo de variedades e baile.


1975

A 11 de Fevereiro, é levado ao palco a peça “Todos Os Anos Pela Primavera” de Luís de Sttau Monteiro, na “Sociedade Boa União” em Alfama. Viram a apresentação, 160 espectadores.

A 15 de Fevereiro, estreia no “Lusitano Clube”, a peça “O Trocado”, uma versão baseada no original dos irmãos Campos Monteiro, com encenação e cenografia de João Barros. Interpretações a cargo de Isabel Pinho, Ana Paula Meneses, Amélia Silva, Nazaré Barros, Luís ‘Dylan’ Dias, Manuel Joaquim Barros, Albino Menezes, João Clarejo Roxo, João Barros e Duarte Coelho. Técnica de José António Silva, Luís Inácio, Jorge Gonçalves, Manuel João Fonseca e José Pascoalinho.

Em Março, fazem-se ensaios da fábula em um acto, “O Sisifo E A Morte” escrita em 1956 por Robert Merle. Este espectáculo acabou por ser anulado, em consequência da primeira cisão no seio do grupo “GOTA”.

Em Maio começam os ensaios da peça “O Proletário Que Não Morreu” de Rui Salvada. Todavia, o espectáculo viria a ser proibido pela então direcção do “Lusitano Clube”, por considerar ser uma peça comunista. Por este motivo o “GOTA” abandona o “Lusitano Clube”.

Entre Maio e Agosto, o “GOTA” retorna à Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, a pedido da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio. O “GOTA” continua com os ensaios da peça “O Proletário Que Não Morreu” e faz a remontagem de “Todos Os Anos Pela Primavera”. Entretanto, o apoio prometido nunca passou de promessa.

A 7 de Novembro, o “GOTA” está de volta ao “Lusitano Clube”, que entretanto mudara de direcção. Estreia de “A Noite De Assassinos” de José Triana, com encenação e cenografia de João Barros. Interpretações de Albertino Moura, Albino Menezes e João Barros. Técnica a cargo de José António Silva, Luís Inácio, Anabela Ferreira, Victor Pereira, Joaquim Pascoalinho, Ana Gonçalves, Carlos Jorge Cotrim, José Pascoalinho e Luiz de Carvalho. Foram feitos quatro espectáculos, com 370 espectadores a assistirem aos mesmos.

Em 31 de Dezembro, o “GOTA” organiza a tradicional festa de Fim-de-Ano no “Lusitano Clube”.


1976

A 26 de Janeiro, mais um espectáculo em palco com a peça “A Noite De Assassinos”, apresentação à qual assistiram 90 espectadores.

Em 17 de Fevereiro, estreia de “Uma Banheira A Tilintar No Andar De Cima” da autoria do membro do “GOTA”, Jacinto Coelho. Encenação e cenografia da responsabilidade de João Barros. Actuações de Albertino Moura, Duarte Coelho, Joaquim Pascoalinho, João Garfinho, Amélia Silva, Ana Gonçalves, Luiz de Carvalho, João Clarejo Roxo, Rosa Garfinho, Paula Gens, Victor Pereira, José Pascoalinho e João Fonseca. Técnica a cargo de José António Silva, Jorge Gonçalves, Luís Inácio e Carlos Jorge Cotrim. Uma apresentação, à qual acorreram 140 espectadores.

A 24 de Abril, o “GOTA” estreia a segunda versão de “A Noite De Assassinos” de José Triana, com encenação e cenografia de João Barros, e a participação dos actores Albino Menezes, Albertino Moura e João Barros. Técnica de José António Silva, Luís Inácio, Victor Pereira, Ana Gonçalves, Anabela Ferreira Menezes, Joaquim Pascoalinho e José Pascoalinho. Desta segunda versão, foram apresentados dois espectáculos no “Lusitano Clube” com 166 espectadores; dois espectáculos na Comissão de Moradores de S. Cristóvão e S. Lourenço (antiga Escola nº 10) com 197 espectadores; um espectáculo no Grupo “Os Combatentes”, com 142 espectadores; um espectáculo no clube “Os Franceses” no Barreiro, com 78 espectadores; um espectáculo na Academia da Ajuda, com 209 espectadores; um espectáculo na Academia de Santo Amaro, com 54 espectadores e dois espectáculos na Comissão de Moradores da Sé, com 73 espectadores a assistirem. No total foram feitas dez apresentações com um total de 919 espectadores como assistência.

A 30 de Julho, o “GOTA” estreia no “Lusitano Clube” a peça “Juan Palmieri” de António Larreta, com encenação e cenografia de João Barros. Actuaram Fátima Cruz, Ana Paula Menezes, Amélia Silva, Isabel Góis, Célia almeida, Luís ‘Dylan’ Dias, Albertino Moura, Victor Pereira, João Barros, Carlos Roxo, Jaime Pereira, Luísa Góis e João Carlos (Ché). Assistência de Joaquim Pascoalinho e José Pascoalinho. Técnica de José António Silva e slides de Luís Inácio. Foram realizados dois espectáculos no “Lusitano Clube”, com 170 espectadores, e dois espectáculos na Comissão de Moradores da Sé com um total de 134 espectadores a assistirem.

Em Agosto e Setembro, a convite da Comissão de Moradores da Sé, e da Junta de Freguesia da Sé, João Barros passa a integrar a direcção do pelouro da Cultura.

O “GOTA” abandona o “Lusitano Clube”, e instala-se num edifício, situado na Rua de S. Mamede, nº 19 (ao Caldas).

Com a “nova sede”, iniciam-se ensaios intensivos da peça “A 10ª Turista”, de Mendes de Carvalho, com encenação e cenografia de João Barros. Já com data marcada de estreia e com um vasto elenco, acontece a segunda grande cisão no “GOTA”. São demitidos vários antigos e novos elementos. Entram entretanto novos membros para o “GOTA” - Grupo de Teatro de Amadores da Sé.

A 16 de Dezembro, estreia “O Farruncha” e “Vamos Contar Uma História” de Jaime Gralheiro, espectáculos infantis. Encenação e cenografia a cargo de João Barros, e a participação dos actores Amélia Silva, Francisco Coelho, Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca, João José Ramos (Pituxa), João Barros e Carlos Roxo. Apoio de Arnaldo Silva, Rosário Silva e Maria da Conceição. Técnica de José António Silva e Fernando Mendes. Foram apresentados dois espectáculos na sala do grupo a que assistiram 120 espectadores, e um espectáculo durante a Festa de Natal da Freguesia da Sé, uma colaboração da Comissão de Moradores da Sé e do grupo “GOTA”. Durante a festa, houve distribuição de brinquedos, e foi oferecido um lanche. Nesta actividade houve a afluência de 220 participantes.

Em 19 de Dezembro, é apresentado no “Lusitano Clube” um espectáculo com as peças infantis “O Farruncha” e “Vamos Contar Uma História” de Jaime Gralheiro, às quais assistiram 98 espectadores.

A 31 de Dezembro, o “GOTA” encerra a sua actividade do ano, com a organização nas suas instalações da festa de Fim-de-Ano.


1977

A 18 de Fevereiro, estreia nas instalações do “GOTA”, “A Banheira, um conjunto de acções cénicas, com música ambiente, projecção de diapositivos em dezanove cenas curtas. As cenas eventualmente chocam, ‘como as galinhas’?. Um drama policial sócio/económico” de Jacinto Coelho (António Revólver, o Escultor), com encenação e cenografia de João Barros, e a prestação dos actores Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca, Francisco Coelho, Amélia Silva, João Barros, João José Ramos (Pituxa), Nazaré Barros, Manuel Joaquim Barros e Paula Silva. Apoio de Arnaldo Silva, Rosário Silva e Carlos Roxo. Técnica de José António Silva e Fernando Mendes.

Durante este espaço de tempo, alguns ex-elementos do “GOTA” formam um novo grupo de teatro chamado “Início, Teatro Amador”, que se instala nas instalações da Comissão de Moradores de S. Cristóvão e S. Lourenço, sediada na antiga Escola nº10, situada na Costa do Castelo.

Simultaneamente, João Barros, enquanto director cultural da Comissão de Moradores da Sé, cede um espaço para ensaios a Carlos Zíngaro, Celso de Carvalho e Paulo Gil, que compunham o grupo de jazz contemporâneo “Plexus”. Por intermédio dos elementos do grupo “Plexus”, passam a utilizar o mesmo espaço, Sérgio Godinho, Shilla, Fausto, Zeca Afonso e Rão Kião entre outros.

A 12 de Março, é exibido o espectáculo ‘Música D’Hoje’ com Sérgio Godinho, Shilla, e “Plexus II”, ao qual assistem 200 espectadores.

A 18 de Março, estreia a peça “A Banheira 77” de Jacinto Coelho (António Revólver o Escultor o Actor). Encenação e cenografia de João Barros, com a participação de Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca, Jacinto Coelho, Amélia Silva, Ana Gonçalves, João Barros e João José Ramos e Paula Silva. Colaboração de Carlos Roxo, Arnaldo Silva e Rosário Silva. Técnica de José António Silva e Fernando Mendes. São feitos quatro espectáculos.

Em 17 de Maio, dá-se a estreia da peça “Uma Canção Dentro Do Pão” de Raimundo Magalhães Júnior, com encenação e cenografia de João Barros, e a participação de Amélia Silva, Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca, João Barros, João José Ramos e Carlos Roxo. Apoios de Rosário Silva, Arnaldo Silva e Paula Silva. Técnica a cargo de José António Silva e Fernando Mendes. Foram dados sete espectáculos na sala do “GOTA”, com a assistência de 422 espectadores, e dois espectáculos no Ateneu Comercial de Lisboa a que assistiram 194 espectadores.

Entretanto, são editados os primeiros autocolantes do “GOTA”, como “GOTA - Teatro Amador da Sé”.

Durante esta época, o “GOTA” é alvo de tentativas constantes de boicotes aos seus espectáculos, e nas suas instalações. O culminar destes boicotes, é o incêndio que deflagra numa das dependências, onde se guardavam os cenários e guarda-roupa. Apesar dos bombeiros e da Policia Judiciária terem apurado ter o incêndio sido de origem criminosa, o processo foi arquivado, pois embora se tenha apurado a autoria do incêndio, o “GOTA” não tinha meios financeiros para ir para a frente com o processo. Com isto, o “GOTA” teve de arcar com todo o prejuízo. Arderam os cenários das peças, “O Farruncha”, “Uma Canção Dentro Do Pão” e “Banheira 77”, bem como todo o guarda-roupa do grupo.

De Junho a Outubro, ensaios de uma nova versão de “A Noite de Assassinos” de José Triana, com o elenco de Carlos Raposo (Romana), Mário Fonseca e João Barros. Este projecto é entretanto anulado, e começam os ensaios da peça “Computa Com Humor Computa” do autor brasileiro Millôr Fernandes. Dá-se também início à construção de novas bancadas, da montagem duma cabine de luz e som, e efectuam-se arranjos do palco.

A 25 de Novembro, é realizado um ensaio público com duas peças, adaptadas da obra “Computa, Computador, Computa” do brasileiro Millôr Fernandes. A primeira chamada “Computa Com Humor Computa”, uma adaptação, encenação e cenografia da responsabilidade de João Barros, e a outra chamada “Humor Próprio” adaptação a cargo de Hélder Freire. Com a actuação de Elsa Carvalho, Francisco Coelho, Mário Fonseca, João Barros, Carlos Raposo (Romana), Arnaldo Silva, Rosário Silva e Amélia Silva. Técnica de José António Silva e Fernando Mendes. Foi realizado um só espectáculo/ensaio público, ao qual assistiram 68 espectadores. Este projecto acabou por ser abandonado por falta de verbas para a sua montagem.

A 17 de Dezembro, estreia de “Queres Mel?” de Kim Barros; “O Homem E O Carneiro” de João Barros; e as peças infantis “João Aldrabão” e “O Farruncha” de Jaime Gralheiro, com nova encenação e cenografia de João Barros. Actuaram Arnaldo Silva Nunes, Francisco Coelho, Mário Fonseca, Elsa Carvalho, Amélia Silva e João Barros. Participações de José Pascoalinho, Victor Geraldes, Rosário Silve e Paula Silva. Técnica de José António Silva e Fernando Mendes. Foram dados dois espectáculos na sede do “GOTA” com 139 espectadores; um espectáculo no Estúdio nº 1 da Valentim de Carvalho em Paço D’Arcos a que assistiram 300 espectadores; e um espectáculo no restaurante “O Fateixa” em Carcavelos, durante a Festa de Natal da empresa de material eléctrico “Centrel”, a que assistiram 365 espectadores.

A 31 de Dezembro, realiza-se a festa de Fim-de-Ano na sede do “GOTA”, com a participação de 122 pessoas.


1978

Em Janeiro efectuam-se os ensaios das peças “A Banheira 78” de Jacinto Coelho, e “Soldados” uma peça escrita a partir de um artigo do jornalista cubano radicado em Paris, Carlos Reyes. É ainda efectuado um espectáculo com as peças infantis “João Aldrabão” e “O Farruncha” ambas da autoria de Jaime Gralheiro, e levadas à cena na Escola Patrício Prazeres, situada na freguesia de São João. Às duas representações, assistiram um total de 500 espectadores.

A 12 de Fevereiro, estreia da peça “A Banheira 78” de Jacinto Coelho (António Revólver), espectáculo performativo encenado e cenografado por João Barros, com as participações de Ana Gonçalves, Joaquim Pascoalinho, Lorenzo Stefanni, Manuel João Fonseca, João Barros, Mário Fonseca, Victor Geraldes, José Pascoalinho, Joaquim Pascoalinho, Francisco Coelho e José António Silva. Desta peça, foram apresentados três espectáculos, com um total de 196 espectadores.

A 7 de Março, estreia da peça “Soldados” numa tradução, teatralização e encenação de José Manuel Osório, com cenografia de João Barros. Vozes-off de José Manuel Osório e Mário Fonseca. Participação dos actores Francisco Coelho, Victor Geraldes, José Pascoalinho e João Barros. Técnica de José António Silva. “Soldados” teve as seguintes apresentações: seis espectáculos na sala do “GOTA com um total de 395 espectadores; um espectáculo na “Academia de Santo Amaro”, no âmbito da abertura oficial do “Festival Internacional da Juventude”, onde foi visto por 600 espectadores; um espectáculo no “Grupo dos Nove” de S. Vicente, primeiro espectáculo em “arena” com uma assistência de 140 espectadores; e um espectáculo na “Sociedade Boa União” de Alfama, em que o actor Victor Geraldes por motivo de doença, foi substituído pelo encenador José Manuel Osório, e que acabou por ser visto por 200 espectadores. Os espectáculos efectuados na “Sociedade Boa União” e no “Grupo dos Nove”, foram efectuados com a colaboração das Juntas de Freguesia da Sé e de S. Vicente, bem como da Câmara Municipal de Lisboa.

O “GOTA” integra uma pequena digressão com o fadista Carlos do Carmo pela periferia de Lisboa, fazendo a primeira parte dos seus concertos. Nesta situação, são apresentados três espectáculos. Um primeiro na “Academia Artística de Torres Vedras” com 1.340 espectadores; um segundo no Cine-Teatro de Sobral de Monte Agraço com 570 espectadores; e um terceiro e último espectáculo no “Clube Militar Naval” de Lisboa, integrado nas comemorações do 25 de Abril, e que teve uma assistência de 800 espectadores.

Na sede do “GOTA”, é levado a efeito um espectáculo pelo “Início – Grupo Teatro Amador” com as peças “Poesia De Amor E Combate” e “A Gota De Mel”, a que assistiram 70 espectadores. Este espectáculo, teve a colaboração das Juntas de Freguesia da Sé e de S. Vicente, bem como da Câmara Municipal de Lisboa.

Em Maio, são feitos os ensaios de “Um Gosto De Mel” de Shelagh Delaney, segundo versão e encenação de João Barros.

O “GOTA” colabora com a Junta de Freguesia da Sé no “1º Encontro de Coros da Zona de Lisboa”, e efectua-se a manutenção luminotécnica dos Recitais na Sé Catedral.

A 29 de Maio, é promovido na sede do “GOTA” o convívio comemorativo do “Núcleo X” (antecessor do “GOTA”), tendo-se usado para o efeito a Sala das Colunas, convívio que teve a participação de 146 pessoas.

Entretanto, neste espaço de tempo, entram para o “GOTA” vários novos elementos, provenientes do auto-denominado “Grupo de Campismo”, cujos objectivos eram bem mais vastos que a prática teatral.

Entre Junho e Julho, o projecto “Um Gosto De Mel” é abandonado por motivo de doença do seu encenador.

O “GOTA”, a pedido da Junta de Freguesia da Sé, e no sentido de festejar o “Dia Mundial da Criança”, desenvolve um projecto de teatro e desporto para encher as ruas da Freguesia. Este projecto que seria financiado pela Junta, acaba por não se concretizar, em virtude do subsídio necessário não ter chegado a tempo.

São realizadas obras de melhoramento de todo o espaço do “GOTA”.

Ensaios da peça “A Noite De Assassinos” de José Triana, que marca o regresso ao “GOTA” dos três elementos que fizeram parte do elenco inicial. Albertino Moura, Albino Menezes e Anabela Ferreira Menezes, elementos que entretanto estiveram na origem da fundação do “Início – Teatro Amador”.

A 30 de Agosto, o “GOTA”, leva a efeito uma “Grande Noite do Fado de Intervenção” organizada por José Manuel Osório, que decorreu na sede do grupo, que para o efeito usou a Sala das Colunas, espectáculo que contou com a presença de 200 espectadores.

A 1 de Setembro dá-se a estreia da peça “A Noite De Assassinos” na sua 3ª versão, numa adaptação livre com encenação de João Barros, e que contou com as interpretações dos actores Albino Menezes, Albertino Moura e João Barros. Técnica a cargo de José António Silva, Anabela Ferreira Menezes e Duarte Coelho. Apoio de Amélia Silva. Foram realizados seis espectáculos, que tiveram 230 espectadores no total.

Nos meses de Setembro, Outubro e Dezembro, são feitos os ensaios da peça “A Cidade Dourada”, baseada no texto colectivo “La Ciudad Dorada” da autoria dum grupo de pessoas reunidas por Santiago García Pinzon no “Teatro La Candelaria” da Colômbia. A peça teve encenação da responsabilidade de José Manuel Osório.

Ensaios de “A Farsa de Mestre Pathelin”, obra de autor desconhecido do século XV, que foi encenado por José Manuel Osório, e com a participação de todo o elenco do “GOTA”, incluindo os novos elementos, oriundos do “ex-Grupo de Campismo”.
 

Período vermelho

Ambiente bastante conturbado na vida do “GOTA”.

A maioria dos elementos do “ex-Grupo de Campismo”, tentam apoderar-se das estruturas do “GOTA”. As reuniões e assembleias sucedem-se. Uma grande maioria dos antigos elementos, demitem-se ou são demitidos, por não partilharem dos ideais dos novos “dirigentes”. A actividade do “GOTA” pára.

São realizadas eleições para nova direcção. Concorrem duas listas. Uma encabeçada pelo fundador João Barros, outra por elementos do “ex-Grupo de Campismo”. Devido a muitas falcatruas, com sócios arranjados à pressa, dá-se um empate, e é realizada uma segunda volta. Nesta segunda volta, vence a lista dos antigos elementos, encabeçada por João Barros, o mentor original do grupo.

Os elementos do “ex-Grupo de Campismo”, abandonam o “GOTA” por não aceitarem a derrota. O “assalto” ao “GOTA” termina, com a reposição da normalidade.
 

1979

O ano inicia-se dentro dum restabelecido ambiente de calma.

Ensaios de “Escurial” de Michel de Ghelderode, com encenação de José Manuel Osório. Este projecto, acabará por ser abandonado por motivo de falta de verbas.

De Abril a Setembro, o “GOTA” não regista qualquer actividade.

Em Outubro, realiza-se uma reunião na Junta de Freguesia da Sé, com os dois principais responsáveis do “GOTA” João Barros e José António Silva, a pedido do então presidente da Junta, no sentido do “GOTA” voltar à actividade.

No mês de Novembro, com o “GOTA” reorganizado, dá-se início aos ensaios de “A Farsa de Mestre Pathelin” de autor anónimo do século XV, com encenação de João Barros. Dá-se o regresso dos antigos elementos, que haviam saído aquando da tentativa de tomada de controlo do “GOTA”, por parte dos elementos do “ex-Grupo de Campismo”.

A 31 de Dezembro realiza-se a festa de Fim-de-Ano do “GOTA”, que contou com a presença de 140 participantes.

 
ANOS 80

1980

A 12 de Janeiro, estreia a peça “A Farsa de Mestre Pathelin” de autor anónimo do século XV, com encenação e cenografia de João Barros. Participam os actores Nazaré Barros, Manuel Joaquim Barros, Anabela Vicente, João José Ramos e João Barros. Técnica a cargo de José António Silva e de Francisco Coelho. São dados sete espectáculos na sala do “GOTA”, e assistem às representações 384 espectadores. A Junta de Freguesia da Sé contribui com um “subsídio” de 2.500$00 (dois mil e quinhentos escudos), o equivalente em 2012 a 12,50€ doze euros e cinquenta cêntimos).

É neste ano que se dá a primeira participação do “GOTA” num festival.

Com organização da CGTP-IN, FPCCR, APTA e STE é realizado de 1 de Fevereiro a 30 de Abril de 1980 o II Festival Sindical de Teatro de Amadores. Neste âmbito e com a peça a apresentar no festival, é apresentado um espectáculo que tem lugar no “Clube Recreativo de Porto Salvo”, e ao qual assistem 100 espectadores. No cômputo desta participação, o “GOTA” recebe da organização, uma Menção Honrosa.

Em Março, começam os ensaios da peça “O Pescador À Linha” da autoria de Jaime Salazar Sampaio, mas devido a um brutal acidente de que é vítima a intérprete principal, o projecto é cancelado.

De Abril a Junho, são apresentados cinco espectáculos na sala do “GOTA” com a peça “A Noite De Assassinos”, uma versão livre. Lena Faria é a operadora de som nestes espectáculos.  

Dá-se a participação no II Festival Sindical de Teatro de Amadores, onde o “GOTA” arrecada uma Menção Honrosa.

Depois do Festival, o “GOTA”, entra em digressão, fazendo cinco espectáculos na Escola Veiga Beirão com uma plateia composta por 392 espectadores; mais dois espectáculos na Escola Superior de Belas Artes, com uma assistência de 170 espectadores.

Em Setembro realiza-se uma reunião com os novos elementos do “GOTA”. Desta reunião surgem aqueles que viriam a dar um novo incremento ao grupo.

Em Outubro, dá-se início aos ensaios da peça “A Confissão” de Bernardo Santareno.

Em Dezembro começam os ensaios da peça “Restos” de Bernardo Santareno, uma co-produção com o “Início – Grupo Teatro Amador”.

A 31 de Dezembro, o “GOTA” realiza a já tradicional festa de Fim-de-Ano, com a presença de 145 participantes.
 

1981

No dia 9 de Janeiro, dá-se a estreia da peça “A Confissão” de Bernardo Santareno. Encenação e cenografia de João Barros. Técnica de José António Silva, alternando em alguns espectáculos com Fernando José Eufémia. No som, primeiro José Henriques, depois Abílio Mourão, Luís Correia e Victor João Carneiro. No apoio de cena, Helena Afonso, João Manuel Carneiro, Filomena Maria e Fernanda Ramos. Actuação dos actores Irene Neto, Henrique Sanguinetti, João Barros e Luiz Gonzalez que fez a personagem ‘Sacristão’.

O ‘Sacristão’ foi sendo protagonizado alternadamente por José Henriques, Carlos Sebastião, Lino Patrício, Fernanda Ramos, Victor Pereira e Filomena Maria. No total, foram apresentados dezoito espectáculos seguidos na sala do “GOTA”, a que assistiram um total de 980 espectadores. Foi ainda apresentado um espectáculo para o Júri do Festival de Teatro Amadores de Lisboa 1981, uma organização da Câmara Municipal de Lisboa, e ao qual assistiram 60 espectadores.

Com a peça “A Confissão” o “GOTA” apresentou-se nos seguintes locais: cinco espectáculos na Escola Veiga Beirão, com um total de 700 espectadores; um espectáculo na “Fábrica de Material de Guerra de Braço de Prata” em que houve ainda um colóquio sobre Bernardo Santareno, com o actor Rogério Paulo, com uma assistência de 120 espectadores; um espectáculo na “Sociedade Filarmónica Alunos da Esperança” em Alcântara, com a presença de 65 espectadores; dois espectáculos na Escola António Arroios, com 244 espectadores na plateia; um espectáculo no Teatro Municipal de São Luiz, na final do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa, organizado da Câmara Municipal de Lisboa, onde o “GOTA” obteve o 3º Prémio, e o Prémio para melhor interpretação masculina atribuído a João Barros, perante 400 espectadores; um espectáculo na Liga de Cegos João de Deus com a plateia composta por 140 espectadores; um espectáculo na “Sociedade Desportiva dos Olivais Sul”, com 130 espectadores; um espectáculo na “Sociedade Dramática de Carnide” (conhecido por Grupo de Teatro de Carnide) nas Primeiras Jornadas Culturais de Carnide, que teve a assistência de 150 espectadores; um espectáculo no novo Cine-Teatro da Covilhã, integrado nos “Encontros Culturais de Outono”, organizado pelo “Grupo Cultural da Covilhã”, com 140 espectadores; um espectáculo no Pavilhão Multiusos da Siderurgia Nacional, no Seixal, uma apresentação no âmbito de beneficência, com a plateia de 1.500 espectadores; um espectáculo na sede do “Grupo Os Patacos” em Viana do Castelo na sequência da fase final do “Festival Nacional de Teatro de Amadores”, organização da Associação Portuguesa de Teatro de Amadores (“APTA”), em que o “GOTA” é o representante pela cidade de Lisboa, e onde obtêm o 1º lugar; um espectáculo na sede do “GOTA” para o III Festival Sindical de Teatro de Amadores, organizado pela  CGTP, onde recebe uma Menção Honrosa, e que contou com 65 espectadores; um espectáculo no “Grupo Os Penicheiros” no Barreiro, com uma plateia de 300 espectadores; dois espectáculos no “Grupo O Chinquilho” da Baixa da Banheira, com 536 espectadores a assistir; um espectáculo no “Centro Cultural dos Empregados do Comércio” no Rossio em Lisboa, com a assistência de 99 espectadores; um espectáculo na “Sociedade Capricho Bejense”, na cidade de Beja, com a presença de 500 espectadores; e um espectáculo na “Filarmónica 1º de Dezembro” da Amadora, que teve a assistência de 120 espectadores.

Em Fevereiro e Março, ensaios da peça “Esquadra Para A Morte” de Alfonso Sastre, com encenação de José Manuel Osório. Este projecto acabou por ser adiado.

No dia 14 de Junho, estreia “Restos” de Bernardo Santareno. Encenação e cenografia de João Barros, trabalho iniciado em co-produção com o “Início – Grupo Teatro Amador”, que entretanto se dissolveu. Técnica de José António Silva, Henrique Sanguinetti e José Henriques. Apoios de Helena Afonso, Lino Patrício, Irene Neto e Leonor Barroso. Actuações dos actores Victor Pereira e Fernanda Ramos. Foram apresentados onze espectáculos na sala do “GOTA”, para um total de 650 espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, com 65 espectadores; um espectáculo para o Júri do III Festival Sindical de Teatro de Amadores (organização da CGTP), onde obtém uma Menção Honrosa e que contou com 58 espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival Nacional de Teatro de Teatro de Amadores (organização da APTA) onde consegue um 3º Prémio; um espectáculo no Teatro Municipal, para a final do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa (organizado pela Câmara Municipal de Lisboa), onde arrecada um prémio de melhor interpretação feminina, obtém o 4º Lugar, e que teve um total de 400 espectadores; um espectáculo na Sociedade Dramática de Carnide (Grupo de Carnide) nas I Jornadas Culturais de Carnide com 150 espectadores na assistência.

Entre os meses de Agosto e Outubro, são feitos os ensaios de “Os Emigrantes” de Sławomir Mrożek.

São também apresentados na sala do “GOTA” as peças: “A Confissão” de Bernardo Santareno, em oito representações para uma assistência de 437 espectadores; e a peça “Restos”, igualmente de Bernardo Santareno, com cinco representações para um total de 322 espectadores na assistência.

A 31 de Dezembro, é organizada a tradicional festa de Fim-de-Ano do “GOTA”, com a participação de 153 pessoas.
 

1982

A 1 de Abril estreia a peça “Os Emigrantes” de Sławomir Mrożek, uma peça com encenação e cenografia de João Barros. Técnica de José António Silva, Abílio Mourão, Luís Correia, depois, Fernando José Eufémia, Paulo Silva, Anabela Oliveira. Como actores, Henrique Sanguinetti e João Barros. Durante a carreira da peça, a mesma teve os seguintes assistentes de cena: Irene Neto, Anabela Oliveira José Henriques, Fernanda Ramos, Victor Pereira, Filomena Maria, Aida Fonseca, Manuel Oliveira, Ana Rosa, Carlos Bombom, João Carneiro, Victor João Carneiro e Carlos Sebastião. No total aconteceram onze espectáculos seguidos na sede do “GOTA”, com um total de 686 espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa 82 (organização da Câmara Municipal de Lisboa) com 66 espectadores; cinco espectáculos na Escola Veiga Beirão com 360 espectadores; um espectáculo no Teatro Municipal de São Luís, a contar para a final do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa 82, onde recebeu o 2º Prémio e o prémio de melhor interpretação masculina, e ao qual assistiram 400 espectadores; um espectáculo para o Júri do IV Festival Sindical de Teatro de Amadores (organizado pela CGTP), com a obtenção duma Menção Honrosa, e que teve uma assistência de 60 espectadores; um espectáculo nas II Jornadas Culturais de Carnide (Sociedade Dramática de Carnide, vulgo Teatro de Carnide) com 150 espectadores; um espectáculo no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores de Comércio, no âmbito do 12º Aniversário da U.S.L. com 200 espectadores; um espectáculo no Centro Cultural da Musgueira Sul com 600 espectadores; um espectáculo na Sociedade Capricho Bejense (Beja) com 250 espectadores; um espectáculo na Liga de Cegos João de Deus com 87 espectadores; um espectáculo na Sociedade Guilherme Cônsul com 140 espectadores; dois espectáculos no Grupo Adicense (Alfama) com 230 espectadores; um espectáculo no “Lusitano Clube” com 98 espectadores; e um espectáculo no Grupo Recreativo e Cultural do Alto do Moinho (Seixal) com 300 espectadores.

A 30 de Setembro, estreia “Soldados” de Carlos Reyes, numa versão, encenação e cenografia de João Barros. Com Henrique Sanguinetti, Carlos Sebastião, José Pascoalinho, Albino Menezes e João Barros. Vozes-off de Mário Fonseca, e Henrique Sanguinetti. Slides de Luís Inácio e Henrique Sanguinetti. Apoio técnico de José António Silva, Abílio Mourão, José Henriques. Depois Paulo Silva, Anabela Oliveira, Victor João Carneiro, Luís Correia, e João Carneiro. Participação em vários espectáculos com introdução de leitura de ‘poemas’ de Fátima Morgado, Leonor Barroso, Aida Fonseca e Anabela Oliveira. Foram dados nove espectáculos seguidos na sede, para um total de 532 espectadores; um espectáculo no 12º Aniversário da U.S.L., no Auditório dos Empregados de Comércio para 200 espectadores; um espectáculo na Liga de Cegos João de Deus com 90 espectadores; cinco espectáculos na Escola Veiga Beirão com 400 espectadores; um espectáculo no Centro Cultural dos Empregados do Comércio (Rossio) com 110 espectadores; um espectáculo na Sociedade Capricho Bejense (Beja) com 250 espectadores; um espectáculo no Grupo de Carnide, durante as III Jornadas Culturais de Carnide, com 150 espectadores; dois espectáculos na sede, para o Júri do Festival Sindical de Teatro de Amadores/Festa 84, onde consegue uma Menção Honrosa, com assistência de 140 espectadores; um espectáculo no Centro Cultural de Sacavém com 145 espectadores; e um espectáculo no GIC da Covilhã, para os III Encontros Culturais de Outono da Covilhã, que contou com 152 espectadores na plateia.
 

1983

De Janeiro a Março, o “GOTA” põe em cena na sua sala, três peças: seis apresentações de “Os Emigrantes” com 324 espectadores; quatro apresentações de “A Confissão” com 244 espectadores; e cinco apresentações de “Soldados” com 296 espectadores.

Em Abril, no dia 15, acontece a estreia da peça “Festa De Aniversário” da autoria de Harold Pinter. Tradução de Abílio Mourão/”GOTA”. Adaptação, encenação e cenografia de João Barros. Com os actores Fátima Morgado, Luís Correia, Lena Afonso, Henrique Sanguinetti, Carlos Sebastião e João Barros. Técnica de José António Silva, Abílio Mourão, Manuel Oliveira, Anabela Oliveira, Maria Filomena, Ana Rosa, Aida Fonseca, Luiz Gonzalez e José Henriques. A partir de Novembro, Paulo José substituiria Luís Correia; Fernando José Eufémia substituiria José António Silva; Paulo Silva substituiria Abílio Mourão; e Victor João Carneiro substituiria Aida Fonseca. No total foram levados à cena as seguintes apresentações: quinze espectáculos seguidos na sede para 865 espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa 83 com 60 espectadores; um espectáculo para o Júri do Festival Sindical de Teatro de Amadores/Festa 84 com 64 espectadores, onde o “GOTA” obteve uma Menção Honrosa e Distinção para texto mais inteligente; um espectáculo no Teatro Municipal Maria Matos no âmbito da final do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa 83, onde obteve um 2º Prémio, e Menções Honrosas para melhores interpretações feminina e masculina, com 350 espectadores a assistirem; um espectáculo na Escola António Arroios com 200 espectadores; e dois espectáculos na Faculdade de Direito de Lisboa com 190 espectadores.

Durante Agosto e Setembro, ensaios de “Escurial” de Michel de Ghelderode.

Em Outubro, há uma remontagem da peça “Soldados” com Fernando José Eufémia na operação de luz e com a integração de Paulo Silva no elenco.

Em Novembro e Dezembro, são dados na sede as seguintes peças: cinco espectáculos com “Soldados” de Carlos Reyes. Com os actores Henrique Sanguinetti, Carlos Sebastião, José Pascoalinho, João Barros e Paulo Silva. Técnica de Fernando José Eufémia como operador de luz, e de Abílio Mourão como operador de som. Assistentes de cena, Anabela Oliveira, Victor João Carneiro, Carlos Baptista e José Henriques. Aos cinco espectáculos assistiram 237 espectadores; três espectáculos com a “A Confissão” assistidos por 173 espectadores; três espectáculos dos “Os Emigrantes” com 162 espectadores; e quatro espectáculos com “Festa De Aniversário” a que assistiram 233 espectadores.

A 15 de Dezembro, último espectáculo com a peça “A Confissão” de Bernardo Santareno, um espectáculo ‘especial’ com a participação de todos os novos elementos do grupo, e que teve a assistir 74 espectadores.

A 31 de Dezembro realiza-se mais uma festa de Fim-de-Ano do “GOTA” com a participação de 200 pessoas.
 

1984

De Janeiro a Março, realizam-se os ensaios de duas versões da peça “Escurial” da autoria de Michel de Ghelderode, e dão-se na sede três espectáculos com a peça “Os Soldados” a que assistiram 156 espectadores; três espectáculos com a peça “Os Emigrantes” a que assistiram 140 espectadores; e quatro espectáculos com a peça “Festa De Aniversário” que contou com 216 espectadores na plateia.

A 25 de Abril, dá-se a estreia da primeira versão da peça “Escurial” de Michel de Ghelderode, uma peça com encenação e cenografia de João Barros, com a participação dos actores José Manuel Osório, João Barros, Henrique Sanguinetti e Paulo Silva. Técnica a cargo de Fernando José Eufémia como operador de luz, e do regressado José António Silva como operador de som. Assistência de cena de Aida Fonseca e Anabela Oliveira. No total desta peça, foram feitos oito espectáculos na sede a que assistiram 435 espectadores; mais um espectáculo para o Júri do Festival Sindical de Teatro de Amadores Festa 84, uma organização da CGTP-IN, onde o “GOTA” obteria uma Menção Honrosa e ao qual assistiram 60 espectadores.

A 1 de Julho, estreia a segunda versão da peça “Escurial” de Michel de Ghelderod, uma versão com adaptação, encenação e cenografia de João Barros, pesquisa e textos de Abílio Mourão, Albino Menezes e João Barros, para a interpretação dos actores Albino Menezes, Fátima Morgado, José Manuel Osório, Paulo Silva, Henrique Sanguinetti e João Barros. Técnica de Fernando José Eufémia como operador de luz, de Francisco Coelho como operador de som, e de José António Silva como operador de ‘folowspot’. Assistentes de cena, Aida Fonseca, Anabela Oliveira e José Henriques. Desta segunda versão foram dados os seguintes espectáculos: oito na sede com 438 espectadores; e um espectáculo no Teatro Municipal de S. Luiz, durante a Final do Festival de Teatro de Amadores de Lisboa/84, uma organização da Câmara Municipal de Lisboa, e onde o “GOTA” recebeu o 3º prémio, o prémio de melhor encenação e o prémio de melhor cenografia. A este espectáculo assistiram 420 espectadores.

De Setembro a Dezembro, além de serem postos em palco cinco espectáculos na sede com a peça “Os Emigrantes”, perante um total de 297 espectadores, efectuam-se ainda arranjos em todo o espaço do “GOTA”, bem como ensaios com o novo elenco para a peça “Escurial”.

A 31 de Dezembro realiza-se a festa de Fim-de-Ano no “GOTA”, com a presença de 120 participantes.


(Em actualização)